15 junho 2005

Advertência!


Venho por este meio apresentar a minha advertência referente ao perigo que existe em nos cruzarmos com pessoas com “morte cerebral deambulante”:

“É a minha filha. Tem 12 anos.
Nunca foi a um funeral e então pediu-me para a levar a um.
Viemos a este...
Eu já lhe disse que não teêm nada de interessante mas ela quis vir à mesma...
Não percebo esta miúda... tem dias em que me aparece com cada conversa que até fico parva; como é que é possível? Deve ser das pessoas com que ela se dá... e isso já fica um pouco fora do meu controlo.
É verdade – então e como é que vão vocês? Já não vos via desde a morte da tua mãe... está tudo bem? ...Nós vamos indo...olha, a vida não anda para trás...!
Olha lá ali... não é o teu irmão? Nem fez a barba... que desmanzelo, meu deus... Já está a trabalhar? Não?!? Ai, se eu fosse a mulher dele não consentia...
Bolas! Tenho que telefonar ao meu marido para ir comprar as flores que eu não tenho tempo! Há quanto tempo é que aqui estamos? Hora e meia? Aquele homem é demais: sabe que eu estou aqui com a nossa filha neste sofrimento e nem se digna sequer a telefonar nem nada! E ele sabe como é que eu fico afectada com estes momentos de família em luto. É um transtorno para mim...
Bom... vamos filha, vamos para a capela...
Veêm?
Vamos.
Então diz-me lá... Como é que morreu a senhora? Que idade é que ela tinha?
Hum... aaah.... a sério?
Tua tia??
Tchhh.............”
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