07 junho 2005

A Imperadora



Quando eu nasci
a vida encolheu os ombros.
Depois, virou-se para o outro lado
E continuou bafejando novos seres.
Fiquei só.
A vida esqueceu-me.
Não me apontou o alvo a atingir.
E eu vou andando,
Andando sempre,
Sem rumo
Sem saber para onde ir
Imerso em fumo.

A vida lançou-me
No turbilhão do mundo
E eu fiquei só.
Que faço eu aqui?
Porque aqui estou?
Para quê?

Nada mais posso fazer
Do que esperar,
Até que ela de novo
Para mim olhe
E estendendo a mão
para baixo vire
o polegar.
Estou no Blog.com.pt